Como nossas escolhas alimentares afetam o Meio Ambiente

Postado por Fernanda Werner em

A maior parte de nós tenta ignorar que nossas escolhas geram consequências ao mundo em nossa volta. Mas os extremos eventos climáticos, a fome e a desigualdade são reflexos dos hábitos que mantemos. Desde a forma como plantamos nossa comida, as fontes de energia que utilizamos, a matéria prima que consumimos até a forma que descartamos, tudo está interconectado ao meio ambiente. 

O mundo ainda vai passar por mais momentos de grande dificuldade se o meio ambiente não for respeitado. O aumento da concentração de CO2 na atmosfera provoca a elevação da temperatura, acidificação das água e do solo e gera ondas letais de calor. O aquecimento global provoca perdas das colheitas e tende a aumentar a desertificação do solo. Ou seja, os elementos essenciais para produção de alimentos estão sendo comprometidos pela nosso estilo de vida.

A indústria dos alimentos ultra processados, por exemplo, demanda grandes quantidades de commodities, incentivando monoculturas como a soja, o milho e a cana-de-açúcar. Ao depender desse tipo de matéria prima para produção massiva de alimentos com baixa qualidade nutricional, incentivamos o uso predatório da terra, ampliando o risco à biodiversidade e a culturas locais.

Além disso, você sabia que um terço das terras agrícolas são usadas para cultivar ração para gado, e não alimento para os seres humanos? Pois é. Entre 1985 e 2020, a Amazônia perdeu uma área equivalente ao Chile de sua cobertura vegetal natural. No mesmo período, a agricultura e a pecuária cresceram 151%.  Se isso já não fosse preocupante, o consumo de água para a produção de 1kg de carne bovina é de 15.400 litros, enquanto a mesma quantidade de alface requer só 240 litros, segundo a ONG Water Footprint Network.

Segundo um estudo realizado pela Kearney, até 2030, haverá uma “notável mudança na produção de carne”, “a maneira como obtemos proteínas está à beira de uma profunda disrupção. Os investimentos mais inovadores e com potencial de virar o jogo são em carnes cultivadas, uma das alternativas para satisfazer a demanda por proteína sem uso de carne animal.”

Além isso, precisamos fazer escolhas mais alinhadas com o desenvolvimento sustentável e norteadas pelas mudanças climáticas. A agricultura agroecológica deve ser amplamente empregada em todo o mundo, as hortas urbanas, já populares em grandes cidades, precisam ser disseminadas em mais áreas urbanas a fim de diminuir as distâncias entre produtor e consumidor final, reduzindo desperdícios e consumindo menos energia e água.

Outra alternativa com mais uso de tecnológica são as fazendas verticais, onde os alimentos são cultivados em ambientes fechados através de hidroponia (cultivo de plantas em água rica em nutrientes), com controle de luz, temperatura e pH, aumentando bastante a produtividade sem uso de agrotóxicos. Devido a esse aumento de produção em áreas reduzidas, as fazendas verticais são consideradas uma das soluções para atender a demanda alimentar de uma população mundial que deverá ultrapassar 9 bilhões de pessoas até 2050.

Sendo assim, cabe a todos nós termos mais consciência sobre nossas escolhas e suas consequências, tanto para nosso próprio corpo como para nosso lar. A mudança deve começar agora, já existem tecnologias para nos auxiliar nessa transição para um desenvolvimento econômico da humanidade mais ancorado a conservação dos recursos naturais.

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1 comentário

  • Adoreii o texto, super necessário mudarmos nossa postura, e nossa forma de viver!!!
    Também pensei que poderiam falar mais sobre “Como nossas escolhas alimentares afetam o nosso bem estar (físico e mental)” fica a dica!!

    Joice em

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